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Acordo Mercosul / União Europeia: incremento às nossas exportações

Jachsson Beal

A União Europeia é um dos principais parceiros comerciais do Brasil e a decisão

 abre novas oportunidades, em condições mais vantajosas


A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) celebrou o anúncio da conclusão e assinatura de novo acordo entre os países-membros do Mercosul e da União Europeia (UE), feitos no dia 6 de dezembro de 2024, durante a cúpula do Mercosul, em Montevidéu.

 

Dentro do acordo está estabelecida uma nova cota para exportações de carne de frango no total de 180 mil toneladas equivalente-carcaça (50% com osso e 50% de carne desossada) com tarifa zero para embarque à União Europeia, que será compartilhada pelos países-membros do Mercosul. A cota deverá ser atingida ao longo de 6 anos (exemplo: 30 mil toneladas no primeiro ano, 60 mil toneladas no segundo, até alcançar o total de 180 mil toneladas).  Após este período, a cota será de 180 mil toneladas anuais.

 

Também há cota para carne suína, no total de 25 mil toneladas (seguindo a mesma sistemática gradativa determinada para a carne de frango, ao longo de 6 anos) com tarifa de 83 euros por tonelada.

 

Para o presidente da ABPA, Ricardo Santin, o acordo deve fortalecer ainda mais a relação entre os exportadores dos países do Mercosul e consumidores europeus.

“O compromisso abre novas oportunidades de embarques para o mercado europeu, em condições mais vantajosas do que as cotas atualmente existentes para embarques de produtos brasileiros à União Europeia. As cotas atuais serão mantidas, e as novas estabelecidas pelo acordo deverão ser ocupadas, em especial, pelas exportações de produtos brasileiros”.

 

Entre janeiro e novembro deste ano, o Brasil exportou 205 mil toneladas de carne de frango para a União Europeia, gerando para o país receitas de US$ 749,2 milhões.

 

Desde 1999, o Mercosul e a União Europeia trabalham na construção de um tratado de livre comércio entre os dois blocos e as novas resoluções devem reforçar a diversificação das parcerias comerciais do Brasil, ativos de natureza estratégica para o País, além de fomentar a modernização do parque industrial brasileiro com a integração às cadeias produtivas da UE.

 

Espera-se, da mesma forma, que os ajustes dinamizem os fluxos de investimentos, o que deve reforçar a atual posição da União Europeia como a detentora de quase metade do estoque de investimento estrangeiro direto no nosso País. Espera-se também que haja uma aceleração do ciclo virtuoso de inserção internacional do nosso bloco, já que o acesso preferencial obtido pelos europeus poderá ampliar o interesse de terceiros parceiros em negociar entendimentos com o Mercosul.

 

 

(Fonte: ABPA – Adaptado pela Equipe Meu Agro)

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