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Alimentos alternativos na nutrição de precisão para aves e suínos

Ideraldo Luiz Lima

Uma galinha ao lado um suíno

A utilização de opções para os habituais milho e farelo de soja nas rações depende

de estudos criteriosos e da disponibilidade de novos ingredientes


A procura por novas fontes de nutrientes para incorporação às dietas de animais monogástricos vem crescendo devido à instabilidade dos preços das commodities, disponibilidade de novos ingredientes, variedade de aminoácidos sintéticos a preços competitivos, maior conhecimento científico destes ingredientes, necessidade de melhorar a competitividade da cadeia produtiva de aves e suínos, entre outros fatores.

 

É muito importante definir o que significa um componente alternativo e isto varia de região para região. No Brasil, onde as dietas para suínos e aves são, preferencialmente, à base de milho e farelo de soja podemos encontrar diversos ingredientes a serem considerados como opcionais: milheto, farelo de girassol e farelo de amendoim. São fontes disponibilizadas regionalmente, de forma sazonal e relativamente de baixa disponibilidade.

 

Já nas dietas europeias que são mais complexas, ou seja, produzidas a partir de diversos ingredientes seria muito difícil encontrar um componente, pelo critério mencionado.

 

Desta forma, quais os parâmetros nutricionais deveremos focar para termos sucesso nos objetivos propostos, de manter os parâmetros zootécnicos e melhorar a competitividade da produção pela opção de novos produtos para compor as rações?

Conhecer o valor energético do ingrediente é fundamental e determinar o valor da energia metabolizável, digestível ou líquida das fontes torna-se primordial. A energia bruta do ingrediente (aquela que é liberada quando queimamos uma amostra em laboratório) não significa nada para o cálculo de uma dieta, mas quando na experimentação animal medimos o que realmente da energia bruta foi metabolizada, digerida e ou líquida e o que precisamos para os calcular dietas de precisão.

 

Nos aminoácidos (constituintes da proteína), além do conteúdo total precisamos determinar a disponibilidade deles através de experimentos científicos, para mensurar o quanto do aminoácido contido (aminoácido total) no alimento será aproveitado pelo animal, ou seja, ser um aminoácido digestível.

 

Para alimentos ricos em minerais precisamos definir qual a disponibilidade deste mineral. Como exemplo, alimentos ricos em fósforo e de fonte orgânica, parte dele estará complexado em uma matriz orgânica conhecida como fitato, que o torna indisponível para o aproveitamento animal.

 

Felizmente, temos a disposição dos nutricionistas diferentes enzimas conhecidas como fitases, que podem ser utilizadas para aumentar a disponibilidade deste fósforo pelo rompimento destas complexas cadeias de fitato.

 

Nos ingredientes provenientes de usinas de etanol de milho podemos e devemos dar atenção aos efeitos benéficos da presença de parede celular da levedura usada no processo de fermentação alcoólica a Saccharomyces cerevisiae. Diversos trabalhos científicos em aves e suínos demonstram a melhoria da saúde intestinal pelo uso destes derivados. Atualmente, com as restrições da utilização de antibióticos na produção, o que desempenha um papel ainda mais relevante no sistema produtivo.

 

Em breve, voltaremos a publicar aqui artigos interessantes sobre nutrição animal.

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