Cooperativismo está moldando um futuro de crescimento sustentável
- Jachsson Beal
- 7 de jun. de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 10 de jun. de 2024

O cooperativismo nasce da colaboração e tem como ponto de partida o entendimento de que, com a união de forças, conhecimentos e experiências, é possível conquistar benefícios que dificilmente seriam obtidos de maneira individual.
Enquanto movimento socioeconômico, o cooperativismo pode ser definido, resumidamente, como um modelo de associativismo que promove a geração de renda e distribuição dos lucros de forma proporcional entre os associados.
É um exemplo de desenvolvimento econômico e social baseado na união de forças das pessoas que optam por aderir a este modelo de negócios. E é justamente nas pessoas que se centra o movimento cooperativista. A gestão é coletiva e envolve o interesse e a participação dos associados para que os resultados sejam positivos para além do ponto de vista financeiro, mas de representatividade e melhora das comunidades em que o cooperativismo está inserido.
O crescimento no número de cooperativas catarinenses e a ampliação da variedade de produtos e serviços ofertados demonstram que o modelo está em constante expansão.
Conforme os dados divulgados recentemente pela Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC), o estado conta com 249 cooperativas e 4,2 milhões de cooperados, número superior a metade da população do estado.
Embora tenha se iniciado no século 19, o cooperativismo mostra-se como um modelo extremamente atual e necessário para a construção de um futuro mais sustentável. Para entender como este modelo de negócios promove ambientes mais equitativos e inclusivos, é preciso conhecer os sete pilares que o sustentam.
PRINCÍPIOS COOPERATIVISTAS
Para se ter um movimento forte, é preciso uma base sólida. Por essa razão, as cooperativas, independentemente do setor em que atuam, são sempre firmadas sobre sete pilares, os princípios cooperativistas. Estes pilares foram firmados na Aliança Cooperativa Internacional (ACI), em 1995, e, desde então, são utilizados em todo cooperativismo mundial como bases orientadoras de funcionamento das cooperativas. Eles refletem os valores cooperativistas na prática, pautados pelos ideais da democracia, liberdade, equidade, solidariedade e justiça social.
1) Adesão voluntária e livre.
2) Gestão democrática.
3) Participação econômica.
4) Autonomia e independência.
5) Educação, formação e informação.
6) Intercooperação.
7) Interesse pela comunidade.
NÚMEROS IMPRESSIONANTES
Santa Catarina é um estado referência quando o assunto é cooperativismo. Em 2023, este modelo de negócios movimentou 85,9 bilhões de reais e gerou sete mil novos postos de trabalho.
O balanço divulgado recentemente pela OCESC mostrou um crescimento nas receitas, com o aumento de 3,7% em relação ao ano anterior. O patrimônio líquido conjunto foi de R$ 31,6 bilhões, representando um avanço de 12,3%.
Em impostos, as cooperativas catarinenses recolheram R$3,4 bilhões sobre a receita bruta em 2023. O valor é 5% maior do que ano anterior e contribui significativamente para o desenvolvimento social do Estado.
Além da contribuição para o progresso por meio o recolhimento de impostos — que é utilizado pelo Estado para custear serviços essenciais como saúde e segurança, por exemplo — o cooperativismo catarinense promove emprego e renda para mais de 95 mil pessoas, isso só de maneira direta.
O modelo de negócios coloca o capital humano em seu centro, como prioridade, e investe continuamente na formação de seus colaboradores. Além disso, parte de seu capital é investido nas comunidades em que está inserido, oportunizando o contínuo desenvolvimento local.
Os dados ilustram como os princípios cooperativistas estão intrinsicamente ligados a resultados positivos, sustentando valores que vão além do fator econômico e contribuem significativamente para a construção de uma sociedade mais responsável, justa e igualitária, em que desenvolvimento e coletividade andam lado a lado.
Fonte: OCESC – Adaptado pela Equipe Meu Agro
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