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Em outubro, preço do milho no mercado atingiu o maior patamar do ano


Alta dos preços do milho no Brasil acompanha demanda interna e

retração dos vendedores


Os preços do milho no mercado doméstico brasileiro fecharam em alta em outubro, com médias mensais nas principais regiões monitoradas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA/ESALQ) atingindo o maior patamar de 2024. A demanda interna aquecida e a retração dos vendedores, que apostam em novas altas, foram determinantes para a elevação nos valores.

 

Durante o mês, compradores relataram dificuldades em adquirir novos lotes, especialmente no mercado spot, devido à oferta reduzida e aos altos valores pedidos pelos produtores. Com expectativas de elevação dos preços, os vendedores se mostraram relutantes em fechar novos negócios, focados também no andamento da safra de verão.

 

Indicadores

Segundo o CEPEA, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (referência Campinas/SP) acumulou alta de 13,4% em outubro, com a média do mês chegando a R$ 68,78/saca de 60 kg, o maior valor registrado no ano. Outras regiões, como Campos Novos/SC, Dourados/MS e Sorriso/MT, também seguiram essa tendência de valorização. No Paraná, o avanço médio ficou em 98% da área estimada, enquanto no Rio Grande do Sul e em São Paulo, a semeadura já alcançou, respectivamente, 74% e 40% da área prevista para o período, com boas condições climáticas nos últimos dias do mês contribuindo para o desenvolvimento das plantações.

 

Estimativas

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a produção total de milho para a safra 2024/25 poderá chegar a 119,74 milhões de toneladas, crescimento de 3,5% em comparação com a safra anterior. O consumo interno também deve crescer, impulsionado pela demanda do setor de proteína animal e pela produção de etanol, com expectativa de consumo total de 87,03 milhões de toneladas, cerca de 3 milhões a mais do que a safra atual.

 

Exportação

As exportações de milho foram mais fracas em outubro, totalizando 6,4 milhões de toneladas, volume 24% inferior ao mesmo mês do ano passado. Nos portos de Paranaguá (PR) e Santos (SP), os valores subiram 7,7% e 8,9%, respectivamente. Globalmente, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu sua previsão para a produção mundial de milho em 2024/25, influenciado pela baixa produtividade em países como Ucrânia e Filipinas.


O cenário de alta nos preços internos e a retração nas exportações mostram uma acomodação do mercado brasileiro diante da oferta e demanda, com sinais de estabilização para o final do ano.


(Fonte: CEPEA/ESALQ – Adaptado pela Equipe Meu Agro)

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