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Exportações de carnes brasileiras cresceram quase 7,0% em janeiro de 2025

Jachsson Beal

O embarque de proteína suína totalizou 106,0 mil toneladas, o maior da série histórica

e o de aves chegou a 443,0 mil toneladas


Em janeiro, as exportações brasileiras somadas das carnes de frango, bovina e suína ficaram próximas das 684 mil toneladas, aumentando 6,7% em relação ao mesmo mês de 2024 (pouco mais de 641,0 mil/t). A maior contribuição para esse aumento veio da carne de frango, cujo volume (443,0 mil/t) representou incremento anual de 18,0% (perto de 375,7 mil/t em janeiro/24).

 

As exportações de carne suína totalizaram 106 mil toneladas em janeiro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal - ABPA. O número supera em 6,4% o total embarcado no mesmo período do ano passado, com 99,6 mil toneladas. O resultado é o maior da série histórica para o mês de janeiro, e é a primeira vez que o setor registra volumes acima de 100 mil toneladas para o período.

 

A receita das exportações de carne suína chegou a US$ 238 milhões, saldo 19,6% superior ao total obtido no mesmo período do ano passado, com US$ 199 milhões. A China foi a principal importadora de carne suína no mês, com 19,8 mil toneladas importadas no período, saldo 14% menor em relação ao ano anterior. Em seguida estão Filipinas, com 19,5 mil toneladas (+58%), Hong Kong, com 9,5 mil toneladas (estável), Japão, com 8,1 mil toneladas (+87%), Chile, com 7,7 mil toneladas (-29%), Singapura, com 6,5 mil toneladas (+26%), Estados Unidos, 4,7 mil toneladas (-9%), Argentina, com 4,4 mil toneladas (+379%), Uruguai, com 3,7 mil toneladas (+1%), Costa do Marfim, com 3,3 mil toneladas (+103%) e Vietnã, com 2,8 mil toneladas (+127%).

 

Só a carne bovina não registrou aumento de volume, já que o total exportado no mês (perto de 180,5 mil/t) recuou pouco mais de meio por cento em relação a janeiro de 2024 (181,6 mil/t). Ao contrário, porém, do observado no início do ano passado, as três carnes iniciam novo exercício registrando aumento anual nos preços médios. E com ganho expressivos, já que a valorização por eles obtida ficou acima dos 10,0%.

 

O faturamento da carne de frango cresceu, para US$ 826,4 milhões, avanço de 20,9% na comparação anual, frente aos US$ 683,6 milhões registrados em janeiro de 2024. 10,2%; o da bovina, 11,2%; e o da carne suína, 12,4%. O resultado foi um incremento significativamente maior na receita cambial. Assim, enquanto o volume total exportado aumentou 9,4%, a receita cambial por ele gerada registrou aumento de 15,7%. Neste caso, a despeito de um volume menor, a receita cambial da carne bovina aumentou quase 10,5%. A da carne suína, 18,0% aproximadamente. E a da carne de frango, quase 22,0%.

 

Habitualmente, as exportações de janeiro ficam entre as menores de cada exercício. E não só porque é um período pós-festas, mas também porque o inverno dificulta o acesso a vários portos do Hemisfério Norte, onde se concentra a clientela. Porém, como este foi o melhor janeiro de todos os tempos para as exportações de carnes in natura, acende-se a perspectiva de um ano com resultados bem acima das médias anteriores.

 

“Os mercados da Ásia, liderados pelas Filipinas, estão ampliando a presença entre os principais destinos das exportações brasileiras, sustentando as tendências positivas e de maior capilaridade de mercados registradas desde o segundo semestre do ano passado”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Principal estado exportador, Santa Catarina exportou em janeiro 57,9 mil toneladas, volume 4,4% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior. Em seguida estão o Rio Grande do Sul, com 21,5 mil toneladas (+1,7%), Paraná, com 13,1 mil toneladas (+20,5%), Minas Gerais, com 3,4 mil toneladas (+84%) e Mato Grosso, com 3,3 mil toneladas (+26,9%).

 

(Fonte: ABPA - AviSite – Adaptado pela Equipe Meu Agro)

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