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Importância econômica e social da suinocultura brasileira

Mario Faccin

A imagem mostra vários suínos filhotes juntos

Uma das mais significativas atividades do agro, a cadeia suinícola contribui para o desenvolvimento de muitos municípios do Brasil


A suinocultura faz parte da minha vida e, sempre que tenho oportunidade, digo que sou veterinário por profissão e suinocultor por opção. E é como produtor de suínos, profissional da área e diretor-executivo de uma empresa que se destaca na produção verticalizada independente de suínos no Brasil que me proponho a conversar com você sobre a importância econômica e social desta notável cadeia alimentar.

 

Uma das mais significativas atividades do agronegócio brasileiro, a suinocultura cresce a cada ano, movimenta bilhões de reais anualmente, gera milhares de empregos diretos e indiretos e alimenta milhões de pessoas em todo o mundo,  

exercendo um papel fundamental no desenvolvimento de muitos municípios do nosso País.

 

Ocupamos posição de destaque no cenário mundial. Somos o quarto maior produtor e exportador mundial de carne suína. Em 2023, nossa produção foi de 5,156 milhões de toneladas e as exportações somaram 1,230 milhões de toneladas, gerando uma movimentação de R$ 371,6 bilhões no segmento. Com o empenho de todos, caminhamos firmes para ocupar a terceira posição mundial, tanto na produção quanto nas exportações ainda em 2024.  

 

No que diz respeito à geração de emprego, no ano passado a suinocultura oportunizou aproximadamente 151 mil vagas de maneira direta, e mais de 1.100.000 empregos indiretos, proporcionando uma massa salarial de mais de R$ 6,2 bilhões de reais. É a força de um setor que vem se organizando tecnologicamente há décadas e, por intermédio de suas associações, indústrias, produtores e profissionais do setor tem conquistado relevantes mercados e milhões de consumidores.

 

Além da carne suína, a produção gera subprodutos como o couro, utilizado na indústria da moda; gordura, utilizada na produção de sabão, sabonete e cosméticos; ossos, sangue e vísceras, que podem ser usados na indústria de ração animal ou ainda para a fabricação de fertilizantes; os resíduos vão para a indústria de bioenergia, produção de biogás e biometano e à indústria de fertilizantes orgânicos.

 

A exemplo do que acontece com grande parte das atividades econômicas, a suinocultura às vezes enfrenta cenários desafiadores e, para manter a sustentabilidade do setor, é preciso equilibrar custo e produção. A cadeia apresenta um cenário de margem reduzida, obrigando empresas e produtores a aplicar as melhores práticas, adotar rígidos controles sanitários na criação, utilizar as tecnologias mais avançadas e buscar continuamente a redução de perdas.


Precisamos unir esforços, lutar pelos interesses comuns, usar a força das instituições e exigir o apoio dos poderes constituídos para seguirmos contribuindo com o desenvolvimento da economia brasileira, a alimentação segura e a cultura em diferentes países do globo. O objetivo é crescer de forma sustentável e responsável, respeitando as normas do meio ambiente, do bem-estar animal e da segurança alimentar.

 

Até breve!

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