top of page

Observatório destaca padrões necessários para a criação de aves no Brasil


A adoção de práticas de bem-estar animal pode fortalecer a imunidade das

aves e diminuir a dependência de antimicrobianos

 

O Observatório Animal, iniciativa da organização Alianima, aponta que a regulamentação brasileira para a criação de aves comerciais não contempla elementos essenciais para garantir o bem-estar animal. De acordo com a instituição, a criação de aves carece de regras estabelecidas, ao contrário da criação de suínos, que segue especificações específicas pela instrução normativa 113/2020.

 

Um dos principais pontos abordados é a seleção genética para crescimento acelerado das aves, que pode ser até quatro vezes mais rápida do que o de linhagens menos selecionadas. Esse crescimento rápido, especialmente em peito e coxa, responde à alta demanda por esses cortes, mas acarreta problemas de saúde nas aves. A Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals (RSPCA) recomenda limitar o crescimento diário a 60 gramas em sistemas fechados para evitar esses problemas.

 

Outro aspecto levantado é a alta densidade de aves nos galpões, que altera o comportamento e exige a saúde. A organização sugere uma ocupação máxima de 30 quilos por metro quadrado no final do ciclo de engorda para reduzir o estresse. Além disso, a falta de estímulos adequados, como locais para ciscar e poleiros, agrava a situação. Recomenda-se fornecer dois metros de poleiro por mil aves e materiais de bicagem para aves com mais de 10 dias de idade, além de cama seca com pelo menos 7,5 centímetros de profundidade.

 

A qualidade do ar é outro aspecto importante. O teor de amônia deve ser inferior a 20 ppm e o de CO₂, abaixo de 3.000 ppm, para proteger a saúde respiratória das aves. Quanto à iluminação, o uso de luz artificial precisa ser controlado, com períodos de pelo menos oito horas seguidas de luz e seis horas de escuridão, a fim de reduzir a agressividade e o sofrimento.

 

A adoção de práticas de bem-estar animal, como essas, pode fortalecer a imunidade das aves e diminuir a dependência de antimicrobianos. Como alternativas de profilaxia, o Observatório Animal sugere o uso de óleos essenciais, nutracêuticos, probióticos e prebióticos.

 

(Fonte: Observatório do Frango 2024 – Alianima)

 

Comments


bottom of page