Os projetos científicos sobre DDGS precisam demonstrar o real valor nutricional de cada usina

Ideraldo Luiz Lima

Desde a década de 2000, quando as primeiras usinas de álcool de milho, os DDGS - Dried Distillers Grains with Solubles = Grãos Secos de Destilaria com Solúveis - começaram a ser pesquisados e talvez sejam atualmente os coprodutos de etanol de milho mais estudados no mundo, quando se trata de nutrição de animais monogástricos e ruminantes.

Os norte americanos foram os protagonistas no assunto e a maioria dos trabalhos publicados é deles, mas temos também publicações da mesma época vindas da China. Vale citar que, além das usinas de álcool de milho, existem algumas unidades que processam derivados a partir de trigo e sorgo.

Tendo o DDGS como produto padrão, vários trabalhos em diversas áreas foram desenvolvidos a partir dos fundamentos da nutrição animal, como a digestibilidade dos aminoácidos, os valores de energia metabolizável e digestível foram se configurando ao longo dos anos.

Há uma grande preocupação, em relação às significativas diferenças de valores entre os derivados provenientes de uma e outra usina, dos processos utilizados e da origem do DDGS que se busca e é muito importante que os projetos científicos demonstrem o real valor nutricional de cada indústria em particular.

O bom uso destes coprodutos parte do estudo aprofundado dos resultados obtidos, a partir da revelação dos valores bromatológicos como níveis proteína, fósforo, extrato etéreo e outros mas também sob o ponto de vista dos valores biológicos como já citado e que serão utilizados pelos animais.

Como estamos tratando de um assunto abrangente, que desperta expectativas positivas para o setor, está em crescimento e se mostra benéfico para a produção animal - que tem em mãos ingredientes de alta qualidade – propomos dar continuidade ao tema enfocando outros importantes subprodutos das usinas de etanol de milho a exemplo do óleo destilado de milho, entre outros.

Até a próxima!