Perspectivas e obstáculos para grãos no Brasil durante este ano

Jachsson Beal

Caso a estimativa de uma safra recorde se confirme, produtores e indústrias poderão comemorar uma produção histórica no Brasil

A Companhia Nacional de Abastecimento – Conab tem previsão para que a colheita de grãos, produzidos pelos agricultores brasileiros na safra 2024/2025, chegue a 322,3 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 8,2% em relação à produção da safra anterior.

Caso a estimativa se confirme, poderemos comemorar uma produção histórica no Brasil, graças ao registro do clima apresentado como um fator favorável durante a cultura de primeira safra e o desenvolvimento que apontou.

É fato que essa repercussão positiva pode apoiar a queda dos preços de alimentos, a exemplo do arroz, do feijão, da soja e do milho, também utilizados na ração de animais, porém, a sensação da queda em si não será absoluta. Por enquanto, o arrefecimento dos preços acontecerá em pequenas quantidades.

A importância dos grãos para a alimentação dos animais de produção no nosso País é enorme animal e sabe-se que o milho e a soja são componentes importantes na formulação de rações para diversas cadeias produtivas na pecuária. A depender do sistema de produção adotado, as despesas com milho e farelo de soja podem representar entre 85,0% e 90,0% do custo com ração para aves e suínos.

A influência da moeda norte-americana na elevação dos preços - Atento à movimentação do dólar, o mercado financeiro do Brasil assimila que esta é uma preocupação que pode causar um impacto na economia do país e que a cotação da moeda estadunidense pode afetar a dinâmica das negociações da bolsa.

Pensando nisso, subentende-se que, apesar do arrefecimento dos preços em janeiro de 2025, e ainda que a oferta de valores menos abusivos, e mais desacelerados, seja maior do que foi em 2024, os preços dos alimentos continuarão pesados durante o ano.

A desaceleração dos preços sentida no bolso do brasileiro - Apesar do clima de incerteza e a insegurança entre os investidores, o aumento da colheita de grãos em 2025, tendo como consequência a desaceleração dos preços, será sentido pelo bolso do brasileiro, principalmente quanto à queda do preço do óleo de soja e do leite, ativos cujo preço trará sensação imediata.

(Fonte: Monitor do Mercado - Sergio Coelho – Adaptado por Meu Agro)