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Sexar ou não sexar os pintos de um dia? Eis a questão

Fabricio da Silva Delgado

A imagem mostra dois pintinhos amarelos sendo segurados nas mãos de alguém.

A separação das aves por sexo, para serem criadas separadamente, é uma equação que requer resposta racional, rápida e eficaz


Para atingir índices zootécnico ideais, as empresas e os profissionais que atuam com incubatórios precisam operar conscientes de que existem decisões estratégicas fundamentais a tomar, principalmente porque a cadeia produtiva de frango de corte passa por uma evolução constante quando se trata de genética, manejo e entrega de resultados e que toda decisão é interdependente e que a decisão tomada em algum momento na cadeia de produção, repercute no resultado.

 

Quando se busca obter a melhor produtividade, as companhias avícolas avaliam atentamente o comportamento das linhagens, unem esforços para definir o peso ótimo do animal ao abate, fazem revisões a respeito do custo de produção e objetivam atender as necessidades de clientes que, a cada ano que passa, se tornam mais exigentes, como é o caso do mercado japonês, ou até mesmo do frango inteiro comercializado nos mercados interno e externo.

 

Ao tratarmos, por exemplo, de sexagem de pintos de um dia, a equação requer uma resposta racional, rápida e eficaz, levando em conta uns fatores decisivos na formação do custo na plataforma (custo vivo). Um exemplo do impacto de decisão na avicultura atual é a elevada mortalidade registrada nos lotes de frangos pesados no terço final de produção, além da condenação parcial por parte animais oriundos de lotes com peso médio superior 3,2 kg. O rápido ganho de peso das aves é reflexo de tudo o que acontece na cadeia, qualidade de pintinho, alojamento até a saída para o abatedouro, dependendo de clima, status sanitário, nutrição e manejo do ambiente.

 

A sexagem é uma importante aliada para quem quer ganhos em escala, uniformidade de crescimento e abate, ajustes de máquinas para cortes proporcionando até mesmo um ganho significativo de rendimento de abatedouro.

 

O processo de separação de sexo se encontra em plena evolução, podendo rapidamente passar de uma atividade manual para automatizada com ganhos interessantes de produtividade e assertividade, proporcionando melhorias significativas em produtividade, custo e eficiência.

 

Outra distinção a levar em conta na definição de executar ou não a sexagem diz respeito ao rendimento na indústria de frangos que são levados para o abate prematuramente ou de forma tardia, em condições sanitárias indesejáveis, ou apresentando lesões que levam à condenação ou desclassificação que comprometam a qualidade da carcaça e o consequente prejuízo nos ganhos do produtor e do abatedouro.

 

A decisão fica por conta das empresas, que precisam levar em consideração suas particularidades. Decidir por não executar a chamada sexo-identificação ao primeiro dia, passa pela análise dos fatores individuais que cada agroindústria detém, levando em conta a linhagem criada, condições de aviários e silos, capacidade de produção de ração, estratégia de peso e formação de custos.

 

Alguns fatores, porém, estimulam as companhias a adotarem a automação do processo: a falta de mão de obra especializada para execução da atividade, o elevado custo que inviabiliza a operação, as características específicas da linha do abatedouro e outros aspectos em particular.      

 

Sexar ou não sexar? Eis a questão.

 

Brevemente, voltaremos a enfocar um assunto interessante no portal Meu Agro.

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