Sucessão familiar rural: como passar o agronegócio de geração (1)
- Jachsson Beal
- 13 de jan.
- 2 min de leitura
Jachsson Beal

A conscientização das novas gerações sobre a importância do agro é essencial
para a perpetuação do setor e deve começar na infância
Atualmente, apenas 13% da população brasileira vive no campo e há indícios de que boa parte da gestão de propriedades tem encontrado dificuldade em continuar com o caráter de empreendimento familiar. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, apenas 70% desses empreendimentos sobrevivem à geração do fundador e somente 5% chegam à terceira geração.
Além da forte tendência do êxodo das gerações mais novas para as cidades, há também uma inexperiência das famílias em planejar a sucessão familiar da propriedade. É fundamental você conferir do que se trata a sucessão rural, sua importância para a economia do campo, as principais etapas deste processo, bem como os possíveis auxílios para o desenvolvimento dessa estratégia.
O que é a sucessão rural - No agronegócio, a sucessão familiar engloba a passagem da propriedade do negócio rural de uma geração para outra. Esse processo também inclui os bens e imóveis inerentes à propriedade em questão. Para que a sucessão seja bem-sucedida, as transferências de obrigações administrativas devem ser acompanhadas da passagem, para as próximas gerações, do conhecimento sobre as atividades da propriedade.
É importante ressaltar que não se trata apenas da transferência do poder administrativo sobre a terra e os bens, mas também do manejo dos animais, das culturas e das características da propriedade.
Como conduzir a sucessão no campo - Para que a sucessão rural seja bem-sucedida, além de aspectos burocráticos, os herdeiros devem ter consciência do papel que o empreendimento rural ocupa na região e devem acordar a função que cada um deve ter no negócio da família.
Dessa forma, a participação dos sucessores interessados deve começar o quanto antes e encontrar formas de separar as relações familiares das profissionais. Os fundadores têm a obrigação de direcionar e mediar os interesses da geração seguinte sobre o negócio rural. Ao dialogar sobre ideias para o futuro, o produtor abre margem para que os herdeiros tenham maior interesse em permanecer no local e dar continuidade ao negócio.
Importância do trabalho familiar - O agronegócio é uma das principais atividades produtivas na economia brasileira e impacta na geração de empregos, promoção de renda para a população e garantia da produtividade na zona rural. A falta de interesse das novas gerações em negócios no campo e a crescente saída de jovens para cidades têm preocupado agentes do setor, que buscam formas de manter o segmento, primordial para o Brasil. A consciência das novas gerações sobre a importância do trabalho rural e dos negócios familiares para a agricultura do Brasil é essencial para a manutenção do setor.
Este assunto terá continuidade na próxima semana.
Até lá!
(Fonte: Sebrae - Adaptado pela Equipe Meu Agro)
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