top of page

Sucessão familiar rural: como passar o agronegócio de geração (2)

Jachsson Beal

Cabe aos atuais administradores estimular e preparar as novas gerações,

para ocupar espaço nos negócios e promover melhorias


Os principais aspectos a serem levados em consideração na sucessão envolvem possíveis conflitos de interesse na família, problemas afetivos e divergências que atrapalham o processo, geram desgastes nos relacionamentos e danos emocionais a todos os envolvidos.

 

Superar as diferenças por meio de uma boa comunicação ou mesmo com auxílio de terceiros a fim de conciliar os interesses pessoais e profissionais é algo difícil, mas essencial para que o negócio familiar e as partes interessadas não se sintam prejudicadas ou invalidadas na medida que tentam preservar a propriedade.

 

Resistência da geração anterior - Há casos em que o atual administrador resiste em renunciar a determinadas atividades para que a nova geração ocupe mais espaço nos negócios. Isso ocorre diante da falta de confiança na capacidade dos mais novos em comandar a propriedade. Esse comportamento impede que os futuros gestores se desenvolvam e prossigam com o negócio sem prejuízos à propriedade. Além disso, gera desconfiança por parte de funcionários e clientes, ou seja: todos perdem com esse comportamento no planejamento da sucessão.

 

Diferenças culturais - As mudanças geracionais atuais são muito mais profundas do que entre as gerações anteriores. Isso envolve avanços tecnológicos e necessidade de atrelar questões ambientais ao cultivo da terra. É importante que se encontre um ponto de convergência entre os interesses para que a sucessão tenha o resultado esperado.

 

Despreparo dos herdeiros - Quando as gerações anteriores não compartilham os conhecimentos sobre o negócio, as gerações seguintes ficam despreparadas para dar continuidade ao empreendimento rural. O planejamento da sucessão deve evitar esse tipo de obstáculo que afeta a continuidade da gestão familiar.

 

Falta de interesse das gerações mais novas - É comum que gerações mais novas se sintam desestimuladas a assumir a propriedade e migrem para cidades maiores. Os motivos variam desde a falta de comunicação na família, as divergências de visões sobre uso da propriedade, a ausência de investimento no negócio até o desejo por melhorias nas condições de vida a partir de outra profissão.

 

Planejamento sucessório - Quando alcançado o alinhamento entre os envolvidos na sucessão do agronegócio familiar, os passos seguintes são o planejamento da passagem da gestão e a efetivação do planejamento definido.

 

Como planejar e iniciar o processo - Para iniciar o planejamento do processo sucessório é preciso fazer uma análise clara e atualizada da situação em que o empreendimento rural se encontra. Nesta etapa é importante que o sucessor passe a ter conhecimento do gerenciamento da propriedade e tenha acesso, de forma organizada e registrada, aos principais documentos e informações da fazenda e bens atrelados a ela. No levantamento inicial, é importante constar: 

 

·      Rentabilidade, área total cultivada e ganhos com a produção de animais.

·      Área reservada para preservação ambiental da região.

·      Maquinário, imóveis e demais bens do negócio rural.

·      Histórico da lavoura, safras e principais produções.

·      Mapeamento de processos, técnicas e métodos aplicados na agropecuária e gestão da propriedade.

·      Fornecedores e acordos para aquisição de sementes, fertilizantes, equipamentos, insumos e demais materiais específicos.

 

O assunto terá continuidade. Siga acompanhando.

 

Até breve!

 

(Fonte: Sebrae - Adaptado pela Equipe Meu Agro)

Comments


bottom of page