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Óleo destilado de milho, grãos secos de destilaria de alta proteína e farelo solúvel

Atualizado: 13 de ago. de 2024

Ideraldo Luiz Lima
Milho e óleo destilado de milho

Além dos DDGS, as usinas de etanol de milho têm condições de produzir outros derivados de real importância para a nutrição animal, como é o caso do óleo destilado de milho, um excelente alimento que concorre diretamente com o óleo degomado de soja nas formulações de rações, com valores de energia metabolizável equivalentes. O óleo se configura como alternativa de menor custo em relação ao óleo degomado de soja e conta com disponibilidade crescente no mercado.

 

Outro produto que pode ser disponibilizado pelas usinas é o DDGHP – DDG de Alta Proteína, que se diferencia dos demais pelo elevado valor de proteína que contém. Ele apresenta valores de, aproximadamente, 40% enquanto os DDGs tradicionais possuem algo próximo a 30%. Trata-se de um derivado altamente qualificado, que concorre com o farelo de soja nas diferentes formulações de rações para aves e suínos em geral, apresentando um custo inferior.

 

Na produção do DDGHP resulta, ainda, a geração de um farelo de milho com solúveis, um coproduto bastante interessante que, em algumas dietas, integra-se muito bem. É o caso, por exemplo, das rações para poedeiras, cuja formulação precisa conter mais fibras alimentares.

 

O farelo de milho com solúveis é bom também para determinadas dietas dos suínos, especialmente para fêmeas em gestação, fase na qual os animais necessitam de maior nível de fibras na alimentação.

 

Em apresentações e palestras nossas, uma das perguntas mais frequentes é: quais são os níveis de inclusão dos derivados que estamos enfocando para otimizar custos e resultados nos diferentes tipos de ração para aves e suínos. A resposta para essa questão, contudo, não é algo de fácil explicação.

 

Costumamos argumentar aquilo que já citamos no nosso artigo anterior: é preciso conhecer efetivamente a origem, a qualidade e todas as particularidades do produto que o fabricante de ração deseja utilizar nas suas formulações. Existem muitos trabalhos publicados sobre este assunto, mas é necessário ter profundo conhecimento do produto que está à disposição, para depois buscar a decisiva ajuda.

 

Quando se busca a formulação de rações de custo mínimo, é necessário manter atualização constante em relação aos ingredientes disponíveis, composição e preços postos na indústria.

 

Temos muito a aprender sobre este assunto, que se configura como uma grande experiência norte-americana e uma ainda pequena vivência brasileira no que diz respeito a estes coprodutos, que apresentam grande potencial de uso na alimentação animal e devem ser aproveitados da melhor forma possível.

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