Óleos e gorduras são fontes de energia nas dietas alimentares dos animais
- Ideraldo Luiz Lima
- 10 de set. de 2024
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Ideraldo Luiz Lima

Estes produtos incrementam a densidade energética das rações e proporcionam melhorias ao desenvolvimento de aves e suínos
O uso de óleos e gorduras nas dietas alimentares é uma estratégia interessante para aumentar o nível de energia nas formulações de rações, pois apresentam aproximadamente o dobro de quilocalorias do que uma fonte de carboidrato e um menor incremento calórico, o que beneficia os animais especialmente em regiões de altas temperaturas ambientais.
Além de matrizes de energia, estes ingredientes proporcionam significativas melhorias ao desenvolvimento animal, tanto sob o ponto de vista físico quanto nutricional.
No aspecto físico da ração, são importantes na redução de pó em dietas fareladas e, em formulações peletizadas, podem ser utilizados para facilitar o processo, proporcionando ganhos de produtividade nas prensas peletizadoras em determinadas circunstâncias.
Vale lembrar que todo excesso é prejudicial e devemos considerar que, no caso da adição de 3 a 4% dos níveis de gorduras e óleos acima do usual no misturador, a qualidade do pellet pode ser prejudicada por apresentar baixa consistência.
Como função nutricional, óleos e gorduras representam uma boa opção para atender o nível de ácido linoleico nas rações. Um bom procedimento nutricional é combinar óleos e gorduras, obtendo-se um valor sinérgico pela maior digestibilidade das gorduras animais.
De uma forma geral, o óleo destilado de milho - derivado das usinas de etanol de milho - tem o valor energético equivalente ao óleo degomado de soja - proveniente do processo de esmagamento da soja - e seu aproveitamento nas dietas depende da disponibilidade e do preço praticado na região, o que se traduz em competitividade.
Sua composição é semelhante ao óleo de soja, especialmente em relação à presença de ácidos graxos, como o já citado linoleico que está presente em ambos os óleos na fração de 50%.
Para que um óleo seja considerado apto, adequado a integrar os componentes de uma determinada ração, toda matéria prima precisa ser rigorosamente analisada para a verificação dos parâmetros de qualidade que apresenta. especialmente sobre o que diz respeito aos conteúdos de umidade, impurezas e insaponificáveis.
No caso específico de óleo destilado de milho, é importante verificar a quantidade de ácidos graxos livres do glicerol. Normalmente, os ácidos graxos estão conectados a uma molécula do glicerol, daí o nome triglicerídeo ou três corpúsculos de ácido graxo ligados a uma estrutura de glicerol. Quando essa conexão se perde, o nível de energia tende a ser reduzido.
Quem usa fontes de gorduras ou óleo nas dietas alimentares, deve avaliar outro ponto importante, que diz respeito ao peróxido e a acidez que podem interferir na qualidade das formulações.
Uma diferenciação digna de nota, quando adotamos o óleo derivado das usinas de etanol de milho, é a concentração de xantofila, substancialmente maior do que a presente no óleo de soja.
Oportunamente, voltaremos a ocupar este espaço para tratar de nutrição animal.
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